Dízimo

Pastoral do Dízimo
O principal objetivo da Pastoral do Dízimo é evangelizar sobre o Dízimo. E isso deve ser feito de modo tal que o Dízimo se torne, de fato, a principal fonte de renda da paróquia. Na verdade, para sermos fiéis à Bíblia, o Dízimo deveria ser a única fonte de renda de uma comunidade de fé. Então, ele seria sinal de partilha e de comunhão, a exemplo das primeiras comunidades cristãs.
Se o Dízimo fosse bem organizado, não se despenderia tanta energia, cansaços e tensões (quando não até divisões) com outras preocupações. Mas, para que haja uma boa organização do Dízimo, é necessária muita evangelização. A Pastoral do Dízimo tem essa missão: conscientizar os paroquianos sobre sua responsabilidade para com a comunidade paroquial onde vivem e da qual fazem parte. Nesse sentido, importante trabalho deve ser feito exatamente junto às lideranças das pastorais, grupos e movimentos.
O Dízimo na Bíblia:
O Dízimo Bíblico é uma das formas ou expressões de uma realidade que aparece também de outras maneiras: o homem oferece a Deus parte dos bens de que dispõe, seja na forma de décima parte do dízimo, ou oferecendo primícias.
A atitude com que o homem pratica esse gesto pode ser bastante diferente, conforme se trate de um homem mais primitivo ou mais evoluído religiosamente (atitudes de amor ou temor)
O sentimento de que o homem depende materialmente de Deus está presente desde as primeiras páginas da Bíblia. Criado diretamente pelo sopro vital de Deus, mas a partir da Terra, o homem é criado fora do paraíso, e transportado para dentro dele, por Deus. E ali no paraíso recebe o usufruto dos bens do mesmo, mas com uma restrição: deve renunciar a um dos frutos, que é reservado para a divindade. O homem é, portanto um cultivador e zelador dos bens de Deus e uma forma de reconhecer e obedecer é deixar uma parte desses bens reservada para Deus.

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O dízimo nada mais é que uma contribuição, uma contribuição de melhoria sim, pois estamos conservando o que é nosso e ajudando física e espiritualmente a Igreja.

É necessário e importante nossa contribuição através do dízimo, por que é com nosso dízimo que o Pároco faz todas as despesas necessárias da Matriz, como também, das comunidades incorporadas à Paróquia. Em nosso caso, a nossa querida e bela Matriz de Santo Antônio.

 É nossa obrigação também cuidar de nosso patrimônio que é a Matriz e as Capelas urbanas e rurais, através das reformas, pinturas e outras despesas inerentes a conservação de nosso patrimônio.  
Se todos se conscientizarem da importância e da necessidade do dízimo, não haveria necessidades de campanhas para angariar fundos para tais finalidades, pois todas as necessidades de nossa comunidade serão sanadas com o próprio dízimo. O pouco que você contribui é multiplicado quando é empregado na obra de Deus.

                                              
  Citações Bíblicas Sobre o Dízimo
2 Coríntios 9, 6-13
" Saibam de uma coisa: quem semeia com mesquinhez, com mesquinhez há de colher, quem semeia com generosidade, com generosidade há de colher. Cada um dê conforme decidir em seu coração, sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem ama dá com alegria. Deus pode enriquecer vocês com toda espécie de graças, para que tenham sempre o necessário em tudo e ainda fique sobrando alguma coisa para poderem colaborar em qualquer boa obra, conforme diz a Escritura: "Ele distribuiu e deu aos pobres; e sua justiça permanece para sempre"."
 
1 Timóteo 6, 9-10
" Aqueles, porém, que querem tornar-se ricos, caem n armadilha da tentação e em muitos desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e na perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastaram da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos"

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 O QUE É O DÍZIMO?

 
Ø    Dízimo é a devolução a Deus, através de nossa comunidade, de uma parcela de todos os nossos rendimentos em forma de ação de graças pelo muito que d'Ele recebemos.
  Ø    Tudo o que temos e somos vem de Deus. Contribuir com o Dízimo é obedecer a um preceito do Senhor. "Trazei o Dízimo ao Templo do Senhor" (MI3, 10).
  
…     EU TENHO OBRIGAÇÃO DE DEVOLVER O DÍZIMO?
  Ø    Sim. O Dízimo é um compromisso seu, individual e intransferível, com Deus, com a Igreja e com os pobres.
Ø    É uma obrigação assim como amar a Deus e aos irmãos.
Ø    O amor não é imposto, a contribuição do Dízimo também não pode ser.

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Formação

As Três Colunas do Dízimo

Pe. Demétrio
coordenador Diocesano da Pastoral do Dízimo
A Coodernação da Pastoral do Dízimo em cada Paróquia ou Diocese deve apoiar-se em três coluna: amor, visitar, formar.  
A primeira coluna do Dízimo nos lembra que é preciso anuciar o amor de Deus, ajudar as pessoas a perceberem este amo em suas vidas, sobretudo, no que há de mais ordinário. Estamos rodeados de provas de amor de Deus pro nós: a nossa própia existência nos fala deste amor, nossas habilidades e talentos, nossa família, as pessoas que ao longo de nossas vidas nos acolheram; estenderam a mão em momento de dificuldade quando tudo parecia perdido, a natureza com sua variedade e beleza. De um coração que se sente amado e cuidado por Deus borta um sentimento: a Gratidão; o dízimo é, portanto, esta forma de bendizê-lo por todos os dons que Ele na sua liberdade nos concedeu.
A segunda coluna consiste em ir ao encontro (visitar), deixando-nos guiar pela mesma dinâmica da Encarnação do Verbo: Deus veio ao nosso encontro, não somente para nos visitar, mas para ficar conosco. Assim, através das visitas dos missionários, o Dízimo deixa de ser uma campanha financeira e se trasforma em uma Pastoral, modo concreto de cuidar das pessoas, tendo em vista que a proposta é de um estado contínuo de missão. Sendo assim, as visitas se transformam em momentos privilegiados de escuta e conscientização. 
Por fim, a terceira coluna, nos ajuda a pecerber que sem formação permanente não há como fazer crecer pastoral alguma. Faz-se necessário ao menos uma vez no mês proporcionar aos missionários do dizímo uma formação, à luz das citações bíblicas que nos motivam na devolução do Dízimo. O Dízimo é bíblico, não é invenção da Igreja, mas sim um preceito bíblico que precisa ser visto como resposta de amor por tudo o que recebemos de Deus.
 Nas visitas, os missionários escutam as dúvidas e inquietações das pessoas, e por isso, precisam estar preparados para esclarecê-las. É claro que não basta proporcionar momentos formativos somente para a Coordenação do Dízimo e seus agentes (missionários), devemos promover encontro formativos também para os dizimistas.

 

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Dízimo: Herança do Povo de Deus


Dizimo: Herança do Povo de Deus

A Igreja em todo Brasil vai descobrindo a necessidade de cada vez mais trabalhar a implantação mais efetiva do dízimo nas paróquias e comunidades. É necessário acabar a mentalidade que existe ainda em muitas pessoas que a Igreja é rica, o vaticano tem muito dinheiro e, portanto, não precisa de ajudas.
A Igreja é como uma grande casa composta de muitas famílias com suas necessidades. Muitas se pensa que a diocese envia dinheiro para as paróquias imaginando que a mesma faz este repasse porque recebe muitos recursos externos. O movimento é o contrario: Cada paróquia tem a responsabilidade de enviar o seu dízimo, que é a décima parte, recolhido dos fiéis e das comunidades, para a cúria diocesana, que é órgão central na diocese para coordenar todos os serviços da Igreja particular.
O díizimo não é uma invenção da Igreja ou do padre. Não é o padre ou o bispo ou a Igreja que pedem o dízimo, mas a própria bíblia. No Antigo Testamento, muito antes da chegada de Jesus, o povo de Deus, de maneira muito sábia, já vivia esta experiência de gratidão para com Deus através do dízimo. Veja o profeta Malaquias o que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Ml 3.10, 11 e 12).
Devemos corrigir um pouco a nossa linguagem. Por exemplo, ninguém paga o dízimo. Onde existe pagamento existe compra e venda. O dízimo é sinal de gratidão por tudo aquilo que Deus já realizou em sua vida. Quem reconhece que em sua vida tudo veio de Deus, tem para com Deus este gesto: oferecer a Deus parte daquilo que Deus já nos ofertou.
Ainda no Antigo Testamento encontramos as seguintes passagens no livro do Levitico e do Deuteronômio acentuando a idéia que tudo pertence ao Senhor:
“A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das frutas, pertence a Deus, o SENHOR, e será dada a ele.” (Lv 27.30)
“Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo.” (Dt 14.22).
Dizimo é um gesto de amor. Quem tem amor à sua Igreja vai colaborar cheio de fé com a consciência de que a sua presença e a sua doação em todos os aspectos fazem parte da sua vocação cristã. É bom lembrar que não é simplesmente dinheiro que a Igreja precisa. As ofertas como também o dIzimo devem ser uma conseqüência da nossa participação e da nossa pertença ao povo de Deus.
Algumas paróquias adotam a possibilidade de escolha para ser ofertante ou dizimista. Esta pratica impõe valores. Não devemos adotar este esquema. Cada dizimista é também ofertante quando participa das celebrações. Além do mais não podemos determinar valores para o dízimo já que a decisão é da competência consciente e das possibilidades de cada dizimista. O tamanho da sua consciência será o tamanho da sua gratidão para com o seu Criador e Pai.
Em tese, cada pessoa cristã batizada deve ser automaticamente uma pessoa dizimista por se tratar de uma experiência que está inteiramente presente na dinâmica da fé e da gratidão do povo de Deus. A ausência desta pratica cria uma situação muito desconfortante em nossas paróquias. Diante das necessidades é necessário recorrer a bingos, rifas, leilões, campanhas, o que seria dispensável diante de uma comunidade consciente e participante em todas as atividades e, conseqüentemente como dizimista.

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